O quão impactante foi a até agora única passagem do bilionário Donald Trump pela Casa Branca?
As respostas disponíveis a esta pergunta, que seguirá aberta enquanto houver historiadores, são superlativas. Assumindo critérios como funcionamento das instituições democráticas, políticas públicas e relação entre autoridades e movimentos políticos, os julgamentos iniciais consideram profundas as marcas deixadas pelo bilionário.
“Trump foi muito influente, mais do que o pensado na época. Ele foi diferente de tudo o que a democracia americana já viveu nas últimas décadas, ou mesmo desde sempre”, afirmou à BRASIL JÁ o historiador da Universidade de Princeton Julian Zelizer, autor de A Presidência de Donald J. Trump: Uma primeira avaliação histórica. “Ele expôs como é fácil ignorar as barreiras de proteção tradicionais da política americana, que têm sido importantes para conter os nossos líderes e o seu uso do poder”.
Mais de três anos depois de deixar o cargo sem reconhecer a sua derrota nas urnas (método seguido por seu par no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro), contando incontáveis mentiras e falsas denúncias de fraude para tentar continuar no poder, atiçando nesse processo cerca de dois mil apoiadores que invadiram e depredaram o Congresso, Trump se prepara para sua terceira disputa eleitoral consecutiva.
Ao contrário das outras vezes, desfruta há meses da liderança na maioria das pesquisas. Teme-se que agora esteja muito mais ciente do que precisa fazer para —uma vez eleito— impor sua vontade e tratorar a oposição.
Mas o que ocorreu para esse aparente favoritismo? Até 5 de novembro há chances de mudar? Como? E, afinal, o que realmente estará em jogo nas urnas?
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