Explosões em Brasília na noite de quarta (13) deixaram em alerta o país. Por volta das 19h30 (hora local), uma sequência de detonações foi ouvida na Praça dos Três Poderes, onde estão os edifícios dos três poderes da República: Palácio do Planalto (Executivo), Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e Congresso Nacional (Legislativo). Numa das explosões, um homem que carregava bombas no corpo morreu.
As primeiras detonações ocorreram num carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao Supremo Tribunal Federal. As seguintes explosões, com segundos de diferença, estão ligadas a um homem-bomba identificado como Francisco Wanderley Luiz, apelido Tiu França.
O que a polícia e mais autoridades confirmaram sobre o homem é que ele foi, em 2020, candidato a vereador pelo Partido Liberal em Rio do Sul, cidade em Santa Catarina. A suspeita até então é de que, aos 59 anos, Wanderley Luiz premeditou o ataque.
Num aplicativo de mensagens, com uma foto no plenário do STF, o homem escreveu: "Raposa no galinheiro".
Os estrondos dos explosivos ecoaram pela praça, mas não houve vítimas. Isso sim, no momento das explosões parlamentares no plenário da Câmara dos Deputados debatiam e a sessão foi interrompida.
No STF, o expediente já havia acabado, mas funcionários —incluindo ministros— que ainda permaneciam no local foram retirados às pressas do prédio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Palácio do Planalto e o edifício não foi esvaziado.
Ainda assim, logo após o ataque Lula se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. No encontro, o presidente manifestou estar "estupefato" com o ocorrido.
Do Uruguai, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou em mensagem em rede social que a Polícia Federal está trabalhando com rigor para esclarecer rapidamente o que motivou as explosões na Praça dos Três Poderes.