
Sala de aula de escola em Cabo Verde (Arquivo). Crédito: Ministério da Educação de Cabo Verde, divulgação
Sem salários, professores cabo-verdianos reduzem refeições e relatam desânimo
Profissionais chegam a fazer empréstimos para comprar comida
Um dos 250 professores cabo-verdianos sem salário há dois meses, por alegadas questões burocráticas, disse à Agência Lusa que as dificuldades econômicas o obrigam a mudar a alimentação e a adiar um tratamento médico.
"Estou há uma semana com dor de dentes e quero marcar uma consulta, mas não tenho condições. Não há cobertura do Instituto Nacional da Previdência Social [INPS], por isso, nem tenho condições para cuidar da minha saúde", contou o docente, que pediu o anonimato, com receio de represálias.
Na hora de fazer as refeições, a situação o levou “a comer ovos em vez de carne”, mas há quem esteja pior, assegura.