Mostra 'Presenças Invisíveis', no Museu da Justiça do Rio de Janeiro, região central do Rio de Janeiro (Arquivo). Crédito: Tânia Rêgo, Agência Brasil

Mostra 'Presenças Invisíveis', no Museu da Justiça do Rio de Janeiro, região central do Rio de Janeiro (Arquivo). Crédito: Tânia Rêgo, Agência Brasil

O relato de Nicolle Moutinho, advogada vítima de um stalker

'Não venha agora, ele está de novo na porta da sua casa', é uma frase que vira e mexe Nicolle ouve de sua vizinha

04/11/2024 às 10:58 | 5 min de leitura | Edição Impressa

Nasci em 1989, tempo em que a internet era algo inimaginável. Combinava de ir ao cinema com os amigos e, pasmem, na hora e lugar marcado todos nós estávamos lá. Sim, tive a sorte de viver uma adolescência sem a exposição das redes sociais. 

Foi assim, em grupos de amigos, que pela primeira vez beijei na boca, conheci namorados e vivi a minha adolescência. A forma utilizada para conhecer pessoas e me relacionar, para mim, era assim: amigos de amigos. Na época da faculdade tudo mudou. 

Utilizávamos Orkut, Facebook e a tecnologia estava, literalmente, nas nossas mãos. Como sempre namorei, desde os meus 15 anos, segui o caminho dos “namoros sérios” e fiquei por fora do avanço do universo solteiro versus internet.