O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, parabenizou Donald Trump pela vitória nas eleições norte-americanas. Em mensagem publicada no X nesta quarta (6), Lula afirmou que "a democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada".
"Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à Presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo", afirmou Lula.
Durante a campanha, o presidente brasileiro manifestou apoio à opositora de Trump, a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos. Lula declarou ao canal francês TF1, na semana passada, torcer por Harris.
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"Como eu sou amante da democracia, acho que é a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar nosso planeta, eu obviamente fico torcendo para Kamala Harris ganhar as eleições", disse o presidente.
A vitória de Trump, porém, significa um revés político-ideológico para o governo brasileiro. Jair Bolsonaro, derrotado por Lula nas eleições de 2022, já foi elogiado por Trump, o que lhe rendeu o apelido de "Trump das Américas".
E durante a apuração dessa eleição norte-americana, Eduardo Bolsonaro acompanhou nos Estados Uidos a contagem dos votos em evento organizado pela campanha do candidato republicano.
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Em outras esferas a relação entre Brasil e Estados Unidos também pode ruir com chegada de Trump na Casa Branca. Por exemplo, a política ambiental incentivada por Lula é desprezada por Trump, que prometeu durante a campanha estimular a produção de combustíveis fósseis.
Vitória de Trump
Donald Trump, de 78 anos, venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos. É o que apontou projeção de veículos de imprensa nesta quarta (6).
A vitória de Trump foi anunciada por volta das 7h30 (hora local nos Estados Unidos) depois que Trump venceu a disputa contra Kamala Harris no estado-chave de Wisconsin. Assim, o republicano ultrapassou a marca necessária de 270 delegados e se credenciou para novamente ocupar a cadeira presidencial na Casa Branca.
Além de Wisconsin, Trump venceu também em outros estados decisivos, como Pensilvânia, Carolina do Norte e na Geórgia. Outros estados chamados pendulares, os swing states, ainda estavam pendentes de apuração. Entretanto, o resultado não será mudado caso Harris vença.
Antes mesmo de Kamala Harris reconhecer a derrota, Trump se autodeclarou vitorioso durante discurso na Flórida. Num tom algo mais moderado, na declaração Trump pregou a união entre os norte-americanos, mas voltou a mencionar imigrantes irregulares e disse que cumpriria promessas de campanha.