Líderes de Governo e chefes de Estado no G20. Crédito: Tânia Rêgo, Agência Brasil

Líderes de Governo e chefes de Estado no G20. Crédito: Tânia Rêgo, Agência Brasil

Líderes do G20 prometem união global para agir contra as mudanças climáticas

Compromisso consta na declaração final da cúpula realizada no Rio de Janeiro

19/11/2024 às 09:35 | 2 min de leitura | Brasil
Publicidade Banner do projeto - Empreendimentos - Maraey

Líderes de Governo e chefes de Estado do G20 prometeram unir esforços em prol de uma “mobilização global contra as alterações climáticas”.

“Reconhecendo que a totalidade dos nossos esforços será mais poderosa do que a soma das suas partes, nós cooperaremos e uniremos esforços para uma mobilização global contra as alterações climáticas”, lê-se na declaração final do grupo das vinte maiores economias do mundo, que este ano Portugal participa a convite do Brasil.

Na declaração final, que era esperada apenas para esta terça (19) à tarde, último dia do encontro realizado no Rio de Janeiro, no documento os líderes afirmaram estar “determinados a liderar ações ambiciosas, oportunas e estruturais em nossas economias nacionais e no sistema financeiro internacional com o objetivo de acelerar e ampliar a ação climática”.

SAIBA: No G20, governos e instituições aderem à aliança global contra a fome e a pobreza

“Reconhecemos que as crises que enfrentamos não afetam igualmente o mundo igualmente, sobrecarregando desproporcionalmente os mais pobres e aqueles que já estão em situação de vulnerabilidade”, afirma-se no documento.

Também é mencionado na declaração que os países vão se encorajar mutuamente em relação às “emissões líquidas zero de GEE/neutralidade climática levando em consideração o Acordo de Paris”, e também em “diferentes circunstâncias, caminhos e abordagens nacionais”.

ANÁLISE: Trumpismo ambiental choca com compromisso brasileiro na luta climática

As palavras “circunstâncias, caminhos e abordagens nacionais” foram também usadas sobre a necessidade de “reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases de efeito estufa, alinhadas aos caminhos para limitar o aquecimento global a 1,5 °C”.

Consta no documento, também, a importância de “intensificar” os esforços para proteger e conservar de forma sustentável as florestas e apela a um maior empenho na luta contra a desflorestação.

Fundo Tropical

Sobre isso, os líderes apelaram a que sejam tidos em conta os desafios das comunidades locais e dos povos indígenas, por isso o compromisso é mobilizar “fundos novos e adicionais para as florestas”, para o que, afirmaram, “tomaram nota” dos planos de criação do Fundo Tropical Forest Finance Facility.

O fundo é uma proposta do Brasil para compensar os países de baixo e médio rendimento pela preservação das suas florestas, que será lançada pelo país  na cúpula do clima em Belém, durante a COP30.

REPORTAGEM: Os alertas do planeta

A declaração dos líderes só era esperada no final da cimeira, que terá lugar esta terça com a sessão plenária final sobre transição energética e desenvolvimento sustentável.

Assinaram o documento final do G20 o presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping.

LEIA: O que esperar da participação de Montenegro no G20

A principal ausência é a do presidente russo, Vladimir Putin, representado pelo seu chefe da diplomacia, Sergei Lavrov. Putin não foi ao Brasil porque o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra ele por crimes de guerra no conflito na Ucrânia.

Para além dos representantes dos países membros plenos do grupo, mais a União Europeia e a União Africana, no Rio de Janeiro também estão representantes de 55 países ou organizações internacionais. 

Portugal foi convidado pelo Brasil para participar como país-observador, e foi representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro. Já Angola foi representada pelo presidente, João Lourenço, e também a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O G20 é constituído pelas principais economias do mundo. A presidência do Brasil termina no final do mês, quando assumirá o posto a África do Sul.

Com a Lusa

MENSAGEM AOS LEITORES


Jornalismo brasileiro na Europa


Você, leitor, é a força que mantém viva a BRASIL JÁ. Somos uma revista brasileira de jornalismo em Portugal, comprometida com informação de qualidade, diversidade cultural e inclusão.


O assinante da BRASIL JÁ recebe a revista no conforto de casa, acessa conteúdos exclusivos no site e ganha convites para eventos, além de outros presentes. A entrega da edição impressa é para moradas em Portugal, mas nosso conteúdo digital, em língua portuguesa, está disponível para todos.


Ao assinar a BRASIL JÁ, você participa deste esforço pela produção de informação de qualidade e fica por dentro do que acontece de interessante para os brasileiros na Europa e para todos os portugueses que valorizam a conexão das identidades entre os dois povos.


Participe da BRASIL JÁ. Seja bem-vindo!


Apoie a BRASIL JÁ

Últimas Postagens