Eu ando pelas ruas desta terra portuguesa
esbelta e fresca,
vejo o pôr do sol mergulhando
nas entranhas do Rio Douro
contemplo o voar sereno das gaivotas
e o meu âmago pulsa euforicamente.
É esta terra fabulosa que escolhi
para começar uma nova vida um novo caminhar com firmeza.
Sou imigrante que vem das terras quentes e velhas da mãe África
aqui estou nas terras lusitânias e ponho as minhas mãos em ação
estas mãos pretas que hoje cheiram a cravos e à gastronomia portuguesa.
Ser imigrante é ser luz é ser a força que dá a vida
mesmo que haja vozes que contrariam esta pura realidade,
vozes que tardam os processos de legalização desta classe de gente
que contribui bastante para um Portugal acolhedor e aprazível.
Nesta terra as minhas mãos e dos outros imigrantes fazem a culinária portuguesa
constroem prédios, fabricam tudo menos nada, mas há quem finge
que não vê as mãos dos imigrantes construindo um sol robusto e mais reluzente.
Estou aqui tão pronto para voar e sonhar na liberdade
e sobre as águas do Rio Douro escrevo alguns versos de saudades.
Saudades de mim, saudades do que nunca fui.
Saudades da família e de amigos que lá ficaram na outra margem do oceano.
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