A mentira como arma eleitoral
O que passa despercebido no debate é o limite da liberdade de expressão. No Brasil, há limite. Nos Estados Unidos, não, a um custo enorme à sua democracia, uma vez que Trump, sob a desculpa de sua liberdade, incitou o ataque ao Capitólio
O Brasil iniciou a sua campanha eleitoral para a eleição dos representantes municipais no dia 16 de agosto, mas a verdade é que está difícil saber exatamente se o que saiu à rua é a turma que tenta ser prefeito e vereador no próximo ano ou se são os que pretendem ser presidente, governador, deputado e senador, cujos mandatos se iniciam somente em 2027.
Legalmente o que está autorizado é a campanha e o pedido de votos para quem disputa a eleição deste ano. Mas ninguém ignora que a campanha presidencial de 2026 começou.
Nesse bolo, entra ainda a disputa presidencial dos Estados Unidos, agravada pelo atentado contra o republicano Donald Trump e a troca, inédita, de candidato na chapa democrata, entrando Kamala Harris no lugar de Joe Biden.